Eram confusos, contraditórios, opostos. Sabiam muito um do outro, mas escondiam por trás de uma pseudo-antipatia. Evitavam conversas olho no olho, disfarçavam o sentimento com birras e tiradas, criavam pensamentos completamente sem sentido idealizando um momento juntos, não eram amigos e nem namorados, muito menos ficantes ou enrolados. Mas separados, não sabendo muito bem o porquê. Ele conhecia cada forma de sorrir dela, cada mania, cada livro e músicas preferidas. Ela o observava sempre, reparava no seu jeito de falar e na sua forma de se vestir. Tinham muito em comum, e defeitos que se completavam como duas mãos unidas. Ele fazia o tipo engraçado e ao mesmo tempo calado, procurava sempre observar e falava somente o necessário. Já ela era espalhafatosa, escutava rock e música clássica, andava sempre com as amigas e não usava salto. Eram distantes corpo a corpo, mas unidos como poucos, de coração pra coração.
dia 16 de agosto de 1995, Marly passou mal, e foi para o hospital, faltando ainda dois meses para ela ter a criança, ela teve o parto de urgência e a criança nasceu prematura, ela queria vir ao mundo mais cedo possível. A criança nasceu, e hoje vive em um mundo onde ela prefere ter morrido naquela noite ás 22:45. Essa criança sou eu, Lorraine.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
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